Cinema no “Sete & Meio”: Maradona Dias e Mickey Fonseca contaram a experiência de terem os seus filmes na Netflix

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 Todas as quartas feiras realiza-se um live sobre cinema na página do facebook “Sete&Meio”  . O Projecto que é um programa da Associação de cinema ” Kino Yetu”  tem trazidos discussões pertinentes sobre o mercado cinematográfico e Angola e no mundo. Na última edição tiveram Mickey Fonseca realizador Moçambicano e Maradona Dias dos Santos Cineasta  Angolano, participaram na passada quarta-feira, de um live na página do Facebook Cinema no Sete&Meio, conduzido pelos actores  Angolanos Orlando Sérgio e Miguel Hurst. Na ocasião os realizadores, falaram das suas experiências de estarem com os seus filmes disponíveis na  Netflix.

 

Durante a conversa questionados como é que foi possível chegarem a Netflix? Mickey afirmou que:  “Chegamos a Netflix por conhecimento, nós corremos atrás dos nossos sonhos , falamos com várias pessoas, na crença de que os nossos filmes serão capazes de representar Angola, Moçambique, de forma a abrir portas a filmes vindouros”. Por sua vez Maradona fez saber como surgiu a parceria com a produtora Sul africana dizendo que: “O incentivo que o governo sul africano dá aos Realizadores de filmes, incentivou-nos a gravar lá algumas cenas. Primeiro pedimos ajuda ao governo Angolano e não tivemos apoio, a parceria com África do sul surge neste aspecto, pois na história falamos deste país”.

Sobre o filme Santana estar na Netflix e como as negociações ocorreram,  Maradona informou que foram mais de 8 meses de negociação com a Netflix, “ Nós fizemos o filme em 2014, e ficou parado um ano e em 2016, reeditamos o filme, e depois o meu coordenador faleceu, e as coisas pararam, em 2020, o filme ficou pronto e estávamos a lutar para a distribuição com a Netflix”.  Ainda durante o live os realizadores falaram das vantagens em terem os seus filmes na Netflix, dizendo que:  “Na Netflix o filme tem um controlo e o actor tem alguma receita de volta, no YouTube as pessoas vêem o filme e não pagam nada,  e há rendimento económico controlados por pelo menos por 2 anos”  disse Mickey. Para além das vantagens mencionadas acima, os realizadores apontaram também outras como, se a Netflix gostar dos seus filme podem futuramente patrocinar a realização de outros filmes e também passa a segurança de que Angola está a produzir.

No que diz respeito a distribuição dos seus trabalhos, eles admitiram que este é um dos maiores problemas que enfrentam, porque para pôr um filme no cinema, e fazer negociações é caríssimo fazendo disto um processo que requer um agente e um distribuidor. E se o filme for bom é capaz de ser expandido pelo mundo mas tem de ter vários distribuidores, já a  Netflix acaba por ser uma  plataforma para todo mundo.  Relativamente a inspiração em escrever Santana, Maradona explicou que: “a personagem Dias Santana, foi inspirado em uma personagem real, a personagem do Dias Santana  tirei do meu tio Dias dos Santos que era segundo comandante e Dias Santana também é segundo comandante no filme, eu sempre vivi ouvindo histórias de generais e polícias, ouvia muito dos meus tios, por isso me foquei para este tipo de história”.  Por outro lado os actores manifestaram a vontade de continuarem a trabalhar com a Netflix no sentido de criarem coproduções destacando-se cada vez mais para que isso sirva de motivação em ambos os governos o moçambicano e Angolano, e não só a fim de apoiarem os seus trabalhos nas próximas ocasiões.
Ter dois nomes como os destes profissionais na Netflix é um ganho pra cultura africana, cinematográfica e lusófona e marca o inicio de uma nova era para o mercado. 

 

CLICK no vídeo abaixo para assistir o live :

CIema no Sete & Meio

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Publicado por Sete & Meio em Quarta-feira, 26 de agosto de 2020

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