Vários compositores de Pop Hits musicais, pedem aos cantores, que parem de receber créditos pelas músicas que não escreveram.
Não é novidade para ninguém que várias músicas que se tornaram hits musicais e até fizeram história no hall da música, nem sempre são de autoria dos artistas que interpretam as mesmas canções, como por exemplo “Pretty Hurts” música interpretada por Beyoncé que na verdade foi escrita pela não menos famosa cantora Sia.
Ao contrário de Sia, que não só tornou-se mundialmente conhecida pelos seus talentos como compositora de grandes hits pops, mas também por ser uma cantora talentosa, nem todos os seus colegas conseguem obter o mesmo sucesso.
Em uma carta aberta, vários compositores de músicas como “New Rule” de Dua Lipa, e “7 Rings” the Ariana Grande, afirmam que “um certo numero consideravel numero de artistas têm “exigido” receber pelos direitos autorais de músicas em que os mesmo não contribuíram absolutamente nada”.
Os mesmos artistas, que ganham dividendos de tournés, patrocínios, parcerias com várias marcas e merchandise, no entanto a única fonte de rendimento de um compositor provém somente dos direitos autorais das suas músicas como meios de fonte de rendimento.
Muitos também afirmam que já foram submetidos “Bullying” não só vindo dos artistas, mas também dos executivos das várias gravadoras com as quais teriam algum contrato para desistirem dos direitos autorais.
A carta aberta foi organizada por um novo grupo de advocacia auto denominado “The Pact” (O pacto), na assinatura da carta incluíam nomes como; Justin Tranter, Emily Warren, Ross Golan, Amy Allen, Savan Kotecha, Joel Little and Victoria Monét, nomes responsáveis por compor hits para: Lady Gaga, One Direction, Britney Spears, Selena Gomez e muitos outros artistas.
Ao longo dos tempos, normalizou-se o facto de vários artistas receberem os créditos pelas musicas, e ao que parece, até bem pouco tempo, os compositores não eram um grupo tão unido assim, mas segundo a carta emitida; “está na hora de responder “a letra”, e juntar forças nessa cruzada.
A carta fala sobre esta prática da Indústria musical que data desde os Tempos do Manager de Elvis Presley, Colonel Tom. onde Tom muitas vezes exigia em seus contratos que o seu artista rece-se 50% dos direitos como co-autor nos créditos musicais, com o tempo, a ideia tornou-se tão comum que criou a frase: “Muda uma palavra, pegue uma terceira” (como em, um pequeno ajuste na letra pode resultar em um terço dos direitos autorais).
Até agora, os escritores relutam em falar publicamente sobre o assunto, caso isso possa prejudicar as suas carreiras.
A carta chega numa altura onde os lucros dos escritores estão na sombra, e ainda percorrem um longo caminho a vir ao de cimo.
De acordo a carta, ser compositor não paga a renda, obrigando a muitos escritores a procurarem uma outra forma de rendimento, “Os compositores mais famosos do mundo não conseguem pagar as contas, e são obrigados a serem motoristas de Uber, é vergonhoso”
Serviços de streaming como Amazon e Spotify, são umas das poucas empresas que lutam na justiça, apresentando várias propostas para aumentar a remuneração dos compositores que tenham as suas músicas divulgadas nos seus servidores.
Tranter, disse que assinou a carta na esperança de que “novos compositores possam trabalhar com um pouco menos de medo e um pouco mais de dinheiro”.
“Se retirarmos a música da indústria musical, não haverá indústria musical”, concluiu a carta aberta.
“A partir de hoje, não vamos mais aceitar ser tratados como se estivéssemos no fundo do totem, ou ser forçados a pensar que deveríamos fazer sacrifícios para sentar à mesa. Estamos todos juntos nisto, e todos nós precisamos um dos outros para que a roda continue a girar. Então, vamos começar a agir como tal.”
Por: Neusa Roças
Fonte: https://bbc.in/2Q05wXg
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