Jornalista Senegalês condenado a 6 meses de prisão por ser Gay
Condenado pela segunda vez a 6 meses de prisão o jornalista senegalês Tamsir Ndiaye, por ser gay e praticar actos homossexuais.
Ndiaye, que já tinha condenações prévias por homossexualidade, foi preso após um jovem acusá-lo de tentativa de estupro. Perseguido por uma multidão enfurecida, ele se refugiou em uma delegacia em Dakar.
Tamsir Jupiter Ndiaye, que é colunista de uma revista, foi condenado em 2012 a quatro anos de prisão por actos de homossexualidade, posse ilegal de armas e agressão. A sentença foi posteriormente reduzida a dois anos e ele recebeu liberdade condicional em 2013.
Actos homossexuais são ilegais no Senegal e puníveis com até cinco anos de prisão e altas multas.
Um relatório do Observatório de Direitos Humanos feito em 2010 revelou um amplo abuso de homens gays, incluindo tortura e maus tratos, especialmente por parte da polícia.
Homossexualidade é crime em mais de dois terços dos países do continente africano.
De acordo com uma fonte, durante a visita feita pelo primeiro ministro do Canadá a Senegal Justin Trudeau expôs a sua opinião sobre o tema: “Sempre defendo os direitos humanos e trago essas questões para onde quer que eu vá, o presidente Macky Sall conhece muito bem o meu ponto de vista a respeito, e falamos disso brevemente”, afirmou o canadense em uma colectiva de imprensa conjunta em Dakar.
De salientar que o Canadá consta na lista dos países mais seguros para a comunidade LGBTQ+ onde até já está legalizado a casamento entre homossexuais
Macky Sall, presidente do Senegal, confirmou ser um assunto “delicado” neste país da África Ocidental e já foi abordado em várias reuniões, colmatou dizendo: “As leis do nosso país obedecem às normas que são o condensado dos nossos valores culturais e civilizatórios. Isso não tem nada a ver com a homofobia. Quem tem a orientação sexual de sua escolha não é alvo de exclusão”, garantiu.
Mas, ao ser questionado por um jornalista sobre de que modo as leis que proíbem a homossexualidade não são uma mostra de homofobia, Sall evitou responder.
Será que a cultura fala mais alto, ou ainda se tem uma certa resistência em aceitar as diferenças?
Por: Bruna Guilherme
Fonte: Internet