O sonho sartorial de “Bravo Ateliê”
Tudo começou com duas simples palavras “Se organiza” , foram palavras que o jovem Angolano Manuel Bravo muitas vezes ouvia ao longo da sua infância que hoje contribuíram na realização do “Bravo Ateliê”, um sonho que jamais seria vivido e realizado. Inspirado por muitas coisas na criação do ‘Bravo Ateliê’, a centelha inicial veio da sua escola:“Eu não gostava muito de me vestir, mas éramos obrigados a usar ternos completos para a escola e foi aí que o meu amor pela moda começou”, disse Manuel Bravo.
Com foco numa etiqueta de alta costura independente inspirada nos estilos extravagantes do dandismo e nas perfeitas irregularidades da Wabi-Sabi, são esses pequenos detalhes que deslumbram felicidade e dão reconhecimento ao trabalho de quem ainda firma-se no mercado competitivo da moda, como fez saber Manuel Bravo frisando; “Fico feliz com o feedback até agora. Não somos uma grande gravadora, mas estou feliz com o ritmo do meu crescimento”.
Directamente de Nova Délhi na India para Angola, o Bravo Aleliê é um projecto personalizado para atender as necessidades específicas dos seus clientes e parte desta criação ocorre em ‘Openhand’, uma fábrica de produção ética com o slogan ‘People Profit’ e trabalham diariamente para alcançar padrões éticos mais elevados. Com o objectivo de tornar-se igualmente ecológico, quando questionado sobre a competitividade no mercado da moda, o jovem Angolana afirmou que; “não posso falar por outras marcas, mas o que posso dizer é que trato cada fato, cada criação como um projecto pessoal”.
Alinhando-se num mercado cada vez mais competitivo que exige muita criatividade, durante a nossa entrevista o designer Manuel Bravo disse ainda que o Bravo Aletiê tem o compromisso de trabalhar em direcção a uma meta de desperdício zero. Embora saiba que a muito a percorrer neste caminho. Com um olhar atento e esperançoso no mundo da moda, aperfeiçoar um ofício através de um trabalho árduo, criar roupas meticulosamente trabalhadas, estabelecer uma marca focada principalmente na excelência negra, na promoção de criativos negros e inclusão na indústria da moda são alguns pontos a serem trabalhados verdadeiramente para continuar a dar vida ao Bravo Ateliê, um luxo africano.
Por: Rebecca Nahenda