Começa amanhã, quarta-feira 18, a quarta edição do Brasil Eco Fashion Week, que vai até ao dia 28, com o tema “Conectar para Regenerar: Moda e Planeta”. O evento acontece totalmente em formato online, com vídeos de colecções e painéis. Além disso, as 60 marcas do Mercado Eco vão mostrar e comercializar os seus lançamentos através de um aplicativo criado pela BEFW.
Entre os participantes que se apresentam com fashion films estão a cearense Catarina Mina, a paraibana Natural Cotton Color, a brasiliense Flávia Amadeu, o estilista Ronaldo Silvestre, e a moda artística de Leandro Castro, que produz peças com tecido de reuso na periferia de São Paulo. Na linha do Projeto Ponto Firme, a mineira Libertees estreia com o seu projecto social de capacitação de mulheres detentas! Os “desfiles” acontecem entre 26 e 28 deste, concluindo a 4.ª edição do Brasil Eco Fashion Week.
Já os mais de 30 painéis de conversa rolam entre 18 a 22, todos gratuitos. Entre os destaques, “A Moda dentro dos limites da Terra”, com a pesquisadora britânica Kate Fletcher, uma das mais citadas nos campos de moda e sustentabilidade, e a professora do Re-lab ESPM Lilyan Berlim.
Kate também vai ministrar o workshop gratuito “Explorando o plano Earth Logic”, um projecto estratégico de sustentabilidade para a indústria da moda que ela desenvolveu com a professora de Design Mathilda Tham. Outro destaque é o painel sobre a cooperação entre as indústrias alimentícia e têxtil, com Ricardo Garay, fundador do Agraloop – um sistema de biorrefinaria que transforma resíduos agrícolas em fios e tecidos.
No dia 20, Dia da Consciência Negra, uma programação especial: conversas sobre a diversidade racial na moda e o lançamento do colectivo Vamo, sigla para Vetor Afro-Indígena na Moda. A questão socioambiental aparece nos painéis individuais sobre biomateriais (como a celulose bacteriana desenvolvida na Índia por Suzana Gombosova), viscose, linho, poliéster e denim (mediado por mim!).
Mas têm outros painéis pra ficar de olho: “A construção colectiva da imagem de Moda”, com Dani Rudz, João Paulo Borges e André Carvalhal, e “Produção tradicional indígena: subsistência e resistência”, com lideranças indígenas e mediação da comunicadora Giovanna Nader. Para participar dos workshops, 22 a 25/11, é necessário inscrever-se previamente, pois alguns são gratuitos e outros são pagos.
Fonte: LILIAN PACCE